Os acontecimentos históricos, assim como a própria evolução da tecnologia, tornaram possíveis as mudanças que vemos atualmente no mercado de trabalho. A existência de qualificação por meio do estudo, a automatização dos processos, a Internet usada para quase tudo, enfim, nesse contexto entra o modelo Gig Economy.
O Gig Economy é um movimento que está crescendo e diz respeito ao trabalho no modelo autônomo. Ainda que o trabalhador tenha contrato com a empresa, o seu vínculo não é de funcionário segundo os padrões da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Isso torna esse modelo moderno e cada vez mais popular.
O que é o modelo Gig Economy e qual seu impacto no mercado de trabalho?
A Gig Economy
Nesse modelo de trabalho, há um regime de contrato e a prestação de serviço é autônoma. São os conhecidos hoje como freelancers, que prestam o seu serviço direto ao cliente ou para alguma empresa. É um formato atual de trabalho informal que dá a muitos a possibilidade de ter um emprego ainda que fora dos padrões.
As vantagens e desvantagens para o trabalhador
O trabalhador tem a vantagem de atuar de forma mais flexível, em casa, por exemplo, além de fazer o próprio horário. Em contraponto, ele precisa ser altamente disciplinado para dar conta de todo o trabalho, principalmente se atende às necessidade de uma empresa e presta serviço obedecendo aos padrões dela.
Também é um entrave a inexistência de vínculo empregatício, pois além de instabilidade do "emprego", há também a falta de benefícios ligados à carteira de trabalho e ao modelo tradicional. Um exemplo bom disso são os aplicativos de delivery ou de motoristas.
As vantagens e desvantagens para a empresa
A ausência de vínculo empregatício pode ser uma grande vantagem para as empresa, já que os gastos com encargos trabalhistas não existem. Entretanto, a organização fica sujeita à alta rotatividade de freelancers, pois eles não possuem contrato formal e por isso podem sair para melhores oportunidades.
A Gig Economy e o fim do modelo tradicional
Pensando em nosso atual quadro, vemos profissionais que acreditam na extinção do modelo tradicional. Porém, seria um tanto desnecessário fazer alardes em cima de um contexto que ainda está em transformação. A tendência é que haja espaços para diferentes formatos de trabalho.
Além disso, conforme acontecem as mudanças, as relações carecem de alterações para que fiquem melhores para os dois lados da moeda. Por isso, pode ser que haja maior regulamentação para os freelancers sem que nenhuma das partes perca as vantagem dessa relação.
Com o avanço da Gig Economy, não precisamos acreditar na extinção do modelo tradicional do mercado de trabalho. É preciso, porém, que os jovens que estão entrando no mercado tenham consciência dessas mudanças para aderir ou não a esse novo formato.
Além disso, os atuantes nesse modelo novo de trabalho devem ficar atentos na exigência de direitos para que as relações não sejam abusivas para nenhum dos lados envolvidos, empresa ou trabalhador.
