O mercado de trabalho está em constante evolução. As mudanças abriram espaço para um modelo que prioriza a liberdade, maior flexibilidade de horários e o equilíbrio entre as rotinas pessoal e profissional: a chamada Gig Economy.
Já ouviu falar do conceito? O termo se tornou popular com a demanda cada vez mais crescente por oportunidades de trabalho mais flexíveis e fora dos padrões convencionais, além de responsabilidades variadas e autonomia.
Entre as principais vantagens do modelo gig, experiência, networking e o uso novas ferramentas. Como isso impacta no mercado de trabalho? Continue a leitura para descobrir.
Gig Economy: O que é?
De acordo com a definição do dicionário de Cambridge, a expressão "Gig Economy" é utilizada para definir uma forma de trabalho alternativa, com atividades sob demanda e podem ser temporárias ou contínuas, além de contar com mais de uma fonte de renda.
O pagamento não é fixo, depende da produtividade de cada pessoa, já que leva em conta a entrega de uma tarefa ou projeto através do uso da tecnologia: aplicativos, plataformas que conectam profissionais a oportunidades de trabalho e ferramentas digitais colaborativas. As áreas com maior demanda por profissionais são:
• Tecnologia da Informação;
• Comunicação e Marketing;
• Serviços de Consultoria;
• Design e Games.
Para ajudar a ilustrar melhor, o conceito pode ser associado à economia colaborativa, que vem ganhando destaque por meio de serviços como Uber e AirBnB.
Quais são os impactos do modelo gig para o mercado?
Enquanto a Gig Economy não se prende a horários e propõe liberdade ao profissional para trabalhar de onde quiser, o modelo tradicional segue a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), com carga horária fixa e um escritório físico.
De acordo com uma pesquisa divulgada pela CNN, o modelo gig deve representar 43% da força de trabalho nos Estados Unidos até 2020. Outro estudo, realizado pela Kelly Services indica que:
• Em escala global, 31% da população já prefere a flexibilidade do trabalho autônomo;
• Freelancers geram até US$2,4 trilhões para os EUA;
• 62% das empresas recorrem a freelancers e consideram a modalidade o futuro do mercado de trabalho.
Um dos motivos para essa mudança é a expectativa das novas gerações, principalmente Millennials, de conciliar trabalho com seu estilo de vida e vivenciar outras experiências. Se você faz parte dela, vai se identificar.
Quando se fala em impactos, uma das maiores mudanças do modelo de trabalho autônomo é a troca do escritório para trabalhar de casa, em coworkings, um café ou em qualquer outro lugar. O horário fixo dá lugar à flexibilidade, enquanto a rotina sai do roteiro diário para atender tarefas sob demanda.
Como a fonte de renda pode vir de mais de um empregador, ocorre uma descentralização. Diferente do mercado de trabalho tradicional, em que tudo é centralizado em uma instituição. A segmentação dá lugar à conectividade e o foco passa do institucional para o individual.
Em relação ao contrato, o vínculo empregatício abre portas para acordos autônomos, pagamentos por entregas e benefícios negociados à parte.
Enquanto alguns acreditam que a automação das coisas pode afetar a forma como a Gig Economy funciona, outros apostam no modelo como o futuro do trabalho, aproveitando todos os benefícios da evolução dos recursos tecnológicos.
Ao reunir todos os impactos no mercado, é possível dizer que o maior deles é a troca de mindset, que prioriza muito mais a liberdade, a flexibilidade e o equilíbrio do que a estabilidade financeira e os benefícios que só a CLT oferece.
